Wednesday, July 16, 2008

A jarra de Matisse(*)

Apesar do attentado que deu-se a 11 de Setembro
Como se nada tivesse acontecido
A jarra de Matisse não se partiu

Em algum lado
A princesa ainda está a dormir profundamente
O seu corpo esbelto
Ainda está a dormir entre parênteses
Só um canto do olha
É capaz de despertar esse corpo quase sempre dormente

Um simples olha fá-la muito feliz
A princesa olha-se no espelho
O que aprecio mais nela
É a sua maneira de estar em forma, contente apesar de tudo…

* Fala-me de ti
Já não amo mais o homem que conheci
Não sei porque é que ele não voltou até hoje
- Eu disse-te tudo
Além do mais, o homem com quem falei ontem
Estará lá á hora certa
Ele mudou muitíssimo
Foi ele próprio quem o disse
Eu, feliz como um anjo sem-sexo
Dei-lhe um aperto de mão

Aquela princesa olha-se no espelho
O que aprecio mais nela
É a sua maneira de estar em forma, contente y feliz apesar de tudo…

(*)Henri-Émile-Benoît Matisse foi um pintor, desenhista e escultor francês do Fauvismo.

1 comment:

lilian reinhardt said...

"A Jarra de Matisse", as bilhas de Velásquez, os teus Vasos de vinho e sangue guardam os manuscritos do teu perfume,a acústica do teu grão, o som da tua palavra que se move no espelho, nos move e faz renascer o centeio e a rosa sobre a pedra, mas,que não se parte, e se reparte, se movimenta e se sopra sobre os mares...Beijos, lilian