Perdi a bússola, o mapa e o caminho
e me perdi no deserto
é preciso ir por onde ?
orienta-me!
manda-me um dromedário ou um río
estou sozinho
no sentido inverso
tenho sede neste labirinto,
muito sede
ainda estou sozinho
na direcção errada
a miragem , o silêncio, o esquecimento…
é preciso ir por onde ?
não sei…
não sei quase nada…
não sei nada…
não sei o meu nome
chamo a silhueta, a cobra, o sol
não ouço nada…
nada de novo
excepto um eco remoto:
hi ha ho!
não quero regressar
não sou capaz de avançar
só ao cair da noite
algo cala-me na alma
uma estrela que brilha ao longe
é para mim
só para mim
enfim, uma queda de água !
o coração bate mais forte
assim, por milagre
saio do labirinto
existo de novo
e faço parte de outra atmosfera
é coisa de outro mundo novo
nunca vi nada tão bonito e verde
algo vem de dentro
e dá sentido à outra vida possivel :
dá-me esse livro !
tenho sede, muito sede.
Segunda-feira, Julho 21,2008
6 comments:
Um jardim completo, perfeito e pleno de fascinante mistério mora dentro de mim!!! Lindíssimo poema!
Maria helena Sleutjes
...esse caudal que vem de dentro de teus versos,verte de profundos córregos ancestrais, códigos sobre a mesa...a palavra sorvo, que nos sacia, nos embebe, nos alerta, nos desperta! Belo! Belo! beijos, lilian
Muito bom teu espaço.
Muita poesia. Muito lirismo!! Bom estar aqui.
Parabéns!!
beijos ternurentos
Clau Assi
Abra o Livro da Sabedoria, leia suas páginas, suas escritas...observe as areias tintas de sangue este deserto de areias de vidro. Beba da sua água milenar, água doce, nascente na miragem diáfana que se alinmha com o horizonte... seu coração lhe mostrará o Norte e a nascente da sua poesia que sacia nossa sede e faz de voce, um ser eterno.
Seus poemas são de uma beleza ímpar! Parabéns. Abraços, Luciah Lopez
Encontro-me estranhamente em ti...
Felicitación por tu poesía, es muy hermosa....azpeitia
Post a Comment